Moraes vota para tornar Magno Malta réu e diz que liberdade de expressão não libera agressão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (16) para tornar réu por calúnia o ex-senador Magno Malta em uma acusação apresentada pela defesa do ministro Luís Roberto Barroso.
Em junho, Malta afirmou falsamente que o ministro Barroso "batia em mulher" e era alvo de processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por conta de crimes previstos na Lei Maria da Penha. A declaração foi feita em um evento público ligado a movimentos conservadores.
Alexandre de Moraes é relator de uma queixa-crime, que é uma acusação formal apresentada à Justiça, quando há delitos contra a honra. A calúnia consiste em atribuir falsamente a alguém a prática de um crime. O caso é analisado no plenário virtual do STF, com previsão de conclusão até o próximo dia 23.
Os ministros julgam se vão aceitar a acusação, transformando Magno Malta em réu. O voto de Moraes é nesse sentido – o que obriga o político a responder judicialmente pelas declarações.
Em seu voto, Alexandre de Moraes afirmou que a liberdade de expressão não pode ser interpretada como liberdade de agressão, nem como aval para destruição da democracia, das instituições, e da dignidade e honra alheias.
O ministro também disse que a liberdade de expressão não é “liberdade de propagação de discursos mentirosos, agressivos, de ódio e preconceituosos”.
“A Constituição Federal consagra o binômio 'LIBERDADE e RESPONSABILIDADE'; não permitindo de maneira irresponsável a efetivação de abuso no exercício de um direito constitucionalmente consagrado; não permitindo a utilização da 'liberdade de expressão' como escudo protetivo para a prática de discursos de ódio, antidemocráticos, ameaças, agressões, infrações penais e toda a sorte de atividades ilícitas”, declarou Moraes.
“Na presente hipótese, a conduta dolosa do denunciado descrita pelo querelante consistiu em sua vontade livre e consciente de imputar falsamente a magistrado desta Corte fato definido como crime, qual seja, a lesão corporal contra mulheres, no âmbito da violência doméstica”, acrescentou o ministro.
Ao afirmar que o Supremo é o órgão competente para analisar o caso, o ministro apontou que há conexões entre a conduta de Magno Malta e as investigações realizadas na âmbito dos inquéritos das fake news e da organização de milícias digitais, ambos sobre sua relatoria. (G1 - Foto: Divulgação/Senado Federal)
PUBLICIDADE PUBLICIDADEPolítica.
-
Jhonatas Monteiro não se preocupa com educação verdadeiramente, afirma Pedro...
-
Deputado José de Arimateia é conduzido a quatro Comissões da ALBA
-
CMFS: "Desequilíbrio financeiro": 21 vereadores assinam requerimento a empresas de...
-
CMFS: Embasa deve informar investimento em recuperação dos rios Jacuípe e...
-
CMFS: População do Viveiros sofre desde 2014 devido a acesso, após duplicação...
-
LULINHA RETORNA À CÂMARA E AFIRMA QUE DARÁ CONTINUIDADE AOS PROJETOS EM PROL DA...
-
Feira de Santana: Correia Zezito sugere ao novo comandante da CPRL mudanças na...
-
Correia Zezito diz não ter conhecimento sobre desaprovação de contas de campanha
-
Adolfo Menezes (PSD) é eleito novo presidente da Alba com 60 votos
-
Rodrigo Pacheco, do DEM, é eleito presidente do Senado com apoio de Bolsonaro e 10...
-
José de Arimateia cobra posicionamento da SESAB sobre oxigênio na Bahia
-
Deputado José de Arimateia foi relator da Lei Estadual que perdoou dívidas de...
-
Deputado Robinson Almeida vistoria obras de estrada que liga Touquinha a Pumba, em...
-
Fernando Torres apresenta à imprensa nesta sexta, às 10h, novo Ouvidor da Câmara
-
Ida de Bolsonaro para o Patriota pode 'engordar' legenda na Câmara
-
Compromisso de campanha de Colbert, Ronaldo e Correia Zezito, Caraíbas receberá...