Governo da Bahia investe em nova ferramenta de gestão para a Saúde
Com o objetivo de solucionar até 95% dos problemas de saúde dos baianos, o Governo da Bahia investirá no fortalecimento da Atenção Primária e Atenção Ambulatorial Especializada. Para tanto, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) implantará a Planificação da Atenção à Saúde, que é uma ferramenta de gestão e organização das redes de atendimento da população em toda a Bahia. O primeiro passo foi dado nesta quarta-feira (23), em Salvador, durante uma reunião entre o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, e o representante do Conass, Jurandi Frutuoso.
"Esta é uma estratégia exitosa que já foi posta em prática em municípios do interior do Ceará, Minas Gerais e Paraná. Nos últimos anos a Bahia expandiu a cobertura da Atenção Básica e chegamos no momento ideal para consolidar os avanços ao investir na qualificação da assistência, bem como na reestruturação e integração dos fluxos de atendimento", afirma o secretário Fábio Vilas-Boas, ao pontuar ainda que é fundamental a participação do Conselho Estadual dos Secretários Municipais da Saúde (Cosems-BA). "Contaremos ainda com a Escola de Saúde Pública para consolidar as questões pedagógicas e com o Telessaúde para descentralizar o conhecimento", ressalta o titular da pasta da saúde estadual.
De acordo com Jurandi Frutuoso, o processo de implantação da Planificação tem duração de 18 meses. "Este é um projeto que se inicia em uma região piloto e que o Estado terá que expandir. O ideal é que seja iniciado em municípios onde haja o comprometimento dos gestores para que os resultados possam ser apresentados nos demais locais", ressalta o representante do Conass.
Esta iniciativa vai na direção de minimizar situações como a que ocorre em Salvador. Mais de 1,8 milhão de soteropolitanos não tem acesso consultas, exames, acesso a vacinação, reabilitação e muitos outros serviços que deveriam ser ofertados pela Atenção Primária. O número é surpreendente e, infelizmente, reflete um cenário desolador. Salvador amarga a última posição de cobertura da Atenção Básica (37,61%) dentre as capitais do Brasil e é a penúltima em Saúde da Família (27,45%).
Os dados do Ministério da Saúde são de acesso público (https://goo.gl/2KDPDS) e referem-se a novembro de 2018. O pior é que os números vêm despencando na capital. Em junho de 2016 a cobertura da Atenção Primária era 39,11%, enquanto o índice de Saúde da Família era de 28,58%.
Na prática, isso significa que em Salvador os poucos serviços existentes estão sobrecarregados e tem como reflexo uma necessidade de atender rápido com pouca qualidade. Os 62,39% dos soteropolitanos sem acesso adequado aos serviços de saúde tem que peregrinar para serem atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Para além disso, sobrecarregam Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e serviços hospitalares, que em sua maioria são mantidos pelo governo estadual, com procedimentos que deveriam ser realizados nas UBS.
O Governo do Estado está fazendo a sua parte e até o primeiro semestre de 2019 serão entregues à Prefeitura de Salvador seis UBS, duas policlínicas, dois centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e uma Academia de Saúde. Para a construção e aquisição de todos os aparelhos e mobiliários serão investidos cerca de R$ 50 milhões, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e fazem parte do Programa de Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na Região Metropolitana de Salvador (ProSUS). O objetivo é melhorar as condições de saúde da população, especialmente na Região Metropolitana de Salvador (RMS), com foco na Atenção Primária como porta de entrada para ampliar o acesso, a qualidade e a eficiência dos serviços.
O Governo do Estado ainda está construindo três centros de referência estaduais, todos na capital, sendo um para atender pacientes portadores de feridas de difícil cicatrização, outro para pessoas com anemia falciforme e um terceiro voltado para quem tem hipertensão e aterosclerose sistêmica.
A dificuldade do acesso aos postos de saúde prejudica o tratamento de doenças crônicas, a exemplo da Hipertensão e Diabetes. O reflexo é imediato. Dados do Sistema de Pactuação dos Indicadores (Sispacto) apontam que 25% das internações de pacientes de Salvador poderiam ser prevenidas por serem condições sensíveis à Atenção Básica.
A ausência de uma equipe da Saúde da Família impossibilita o adequado acompanhamento, pois o paciente diabético não realiza exames, não toma os medicamentos e acaba por ir a uma emergência de um hospital com o pé infectado que levará, possivelmente, a amputação de um dos membros. E o mesmo acontece com as pessoas com Hipertensão Arterial que acabam tendo AVC (acidente vascular cerebral) ou IMC (infarto agudo do miocárdio), assim como tantos outros casos.
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