• SESSÃO ESPECIAL CELEBRA OS 56 ANOS DA APUB SINDICATO

SESSÃO ESPECIAL CELEBRA OS 56 ANOS DA APUB SINDICATO

27 de agosto de 2024 \\ Geral

O Plenário Orlando Spínola festejou os 56 anos do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub Sindicato), entidade que representa e defende os docentes ativos e aposentados das Instituições Federais do Ensino Superior (IEFS) da Bahia, com uma sessão especial, na manhã desta sexta-feira (23), que homenageou ex-dirigentes e parlamentares parceiros nas lutas da instituição. Entre os agraciados, além do proponente da sessão, deputado estadual Robinson Almeida (PT), e a deputada federal Lídice da Mata (PSB), receberam uma placa honorífica os ex-presidentes da Apub: Joviniano Neto, Raquel Nery, Eveline Correia, João Augusto Rocha e Emanuel Freire.


O ex-presidente do sindicato Joviniano Neto foi também homenageado nos discursos durante o evento, que contou ainda com a presença das deputadas estaduais Olívia Santana (PC do B) e Lucinha do MST (PT). presidenta em exercício da Apub, Clarisse Goulard, afirmou que a contribuição de Joviniano Neto para o sindicato é inestimável e vaialém da sua atuação em momentosconturbados, como a ditadura militar, nas greves e no campo dos direitos humanos, lembrando da sua dedicação pela memória da ApubPor sua vez, Joviniano Neto, que é vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, elogiou a iniciativa de Robinson Almeida em propor o Dia Estadual de Combate à Tortura.


Os relatos sobre a trajetória da Apub – que exaltava os mais de cinquenta anos de sua atuação em defesa da democracia, da universidade pública, gratuita e de qualidade – foram permeados por apresentação de canções da MPB, entoadas pela cantora Matilde Charles, acompanhada, ao violão, por Val Ribeiro. O repertório também ajudou a celebrar a trajetória de luta do movimento sindical, como o samba-enredo da Mangueira em homenagem à Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada junto com o motorista Anderson Gomes.


Robinson Almeida destacou que, assim como sua fundação se deu na esteira da luta democrática contra a ditadura militar, de repressão e censura, a partir da invasão pela polícia militar da Faculdade de Economia da Ufba, a resistência da Apub mobilizou a sociedade nos anos seguintes. Citou os anos 90, contra o avanço do neoliberalismo e a ameaça de privatização do ensino superior, e, mais recentemente, no governo de Jair Bolsonaro, quando “liderou e participou de diversas mobilizações, mostrando seu compromisso com a defesa da democracia e a integridade das instituições públicas”.


O petista também ressaltou a contribuição da entidade nexpansão do ensino federal na Bahia, depois da eleição, em 2002, do presidente Lula. “Se, por 60 anos, tivemos apenas a Ufba, hoje a Bahia pode se orgulhar da Universidade Federal do Recôncavo Baiano; da Universidade Federal do Sul da Bahia; da Universidade Federal do Oeste da Bahia; da Universidade Federal do Vale do Francisco e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira(Unilab)”, registrou o parlamentar.


A gestão atual da Apub, conforme relatou a presidenta da entidade, Clarisse Goulart, apesar de ter iniciado no momento em que foi derrotado “o governo da fome, da morte, da mordaça, do negacionismo, da subversão da religião cristã”, está diante de um cenário político complexo “de um governo de trabalhadores pressionado a governar contra trabalhadores”. “A universidade está sem persianas. E a universidade está plena de estudantes negros, quilombolas, indígenas, sertanejos, trans, gays, lésbicas, com deficiência, com transtornos de espectro autista”, registrou a sindicalista.


Clarisse Goulart saudou a Apub como a entidade que foi capaz de combinar, nos seus 56 anos de existência, a democracia nas universidades com a democracia nas ruas, onde “lutou arduamente contra o autoritarismo, contra a violência policial, contra as políticas econômicas que produziam fome e carestia, contra as sanhas privatistas dos anos neoliberais e autoritarismo carlista, contra as perdas de direitos, mesmo em tempos de governos de trabalhadores e contra uma das confluências mais perversas que vivenciamos — a extrema direita de Bolsonaro”.


Também fizeram uso da palavra, ou tiveram assento na mesa da cerimônia em comemoração aos 56 anos da Apub, adefensora Mônica Aragão, representandoa defensora-geral da Bahia Firmiane Venâncio; o reitor eexercício daUniversidade Federal da Bahia (Ufba)professor Penildon Silva Filho; a diretora do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES), Raquel Nery Gomes Lima; assessora de articulação densino superior da Secretaria estadual de Educação, Tânia Benevides; secretária dfinanças da CUT-Bahia, Maria Cristina Brito; a presidenta do Conselho Estadual de Juventudes da Bahia, Laís Santana; a coordenadora de políticas sociais e antirracistas da ASSUfba, Rosângela Santana; o professor Geraldo Sampaio Costa, representando a reitora da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Georgina Gonçalves dos Santos; diretora do Campus dos Malês da Unilab, Mirian Reis; e o diretor de políticas educacionais da UEB, o estudante dUfbaHerbert Coelho.

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