Bahia amplia número de leitos, reduz fila na regulação e descentraliza saúde
Entre janeiro de 2015 e Julho de 2018, foram implantados 1.524 novos leitos hospitalares na Bahia, distribuídos em forma de rede direta, indireta e por meio de contratos. Com a ampliação de serviços e descentralização, a assistência à saúde se torna cada vez mais especializada, célere e aprimorada. São exemplos disto, em Salvador, a ampliação do Hospital Geral Roberto Santos, onde foram criados 118 novos leitos, a implantação do Hospital Geral do Estado 2, com 161 leitos, o Hospital da Mulher, com 136 vagas, e Hospital Couto Maia, com 120 novos leitos.
O secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, destaca que o interior está recebendo uma atenção especial, e que Salvador representa 20% de todo o esforço que vem sendo feito pelo Governo do Estado. “Ao longo da história, há uma concentração de leitos hospitalares na Região Metropolitana de Salvador, principalmente os especializados. A nossa meta é regionalizar e descentralizar a atenção á saúde, fazendo com que se construam hospitais onde eles não existem e fazendo com que os que já existem sejam mais resolutivos, com tecnologia e profissionais qualificados”.
O Governo do Estado está realizando obras no Norte do Estado, em Juazeiro, no Oeste, em Barreiras, no Sudoeste, em Guanambi e em Vitória da Conquista, e no Sul, em Itabuna, Porto Seguro e também em Teixeira de Freitas, onde há um projeto de construção do Hospital Regional da Costa das Baleias, com 300 leitos. “Todo esse trabalho tem um impacto significativo. Nós reduzimos em 60% o tempo médio de espera por um leito hospitalar, no caso de ortopedia, em 50% em cardiologia, e em 40% na espera por cirurgias vasculares. Hoje, temos uma espera média de quatro dias, por um leito, e nossa meta é chegar a uma regulação dentro das primeiras 24 horas”, afirma o secretário.
O secretário também fala sobre a importância da ‘desospitalização’ de pacientes crônicos como estratégia para que se disponibilizem mais leitos para a população baiana. “Paralelamente, nós criamos também um serviço de desospitalização, com a implantação de leitos para a internação em domicílio. Já retiramos 500 pacientes dos hospitais, nossa meta é retirar mais mil pacientes. São pacientes em estado crônico que viviam em unidades hospitalares e, ao retirá-los dos hospitais, nós disponibilizamos novos leitos”.
Novos projetos
Vilas-Boas diz que os próximos quatro anos serão de mais desafios e investimentos. “Em meados de 2019 vamos inaugurar o Hospital Metropolitano, com 265 leitos, temos a inauguração da maternidade de Camaçari, com mais 100 leitos, temos a Unacon, de oncologia, em Juazeiro, a ampliação do hospital de Irecê, com implantação de cirurgia cardíaca e oncologia e mais 100 leitos hospitalares, em Barreiras vamos implantar mais cem leitos e unidades de oncologia e cardiologia. Em Vitória da Conquista, o hospital vai receber uma nova enfermaria e uma UTI pediátrica, o hospital de Guanambi terá uma nova UTI neonatal, Porto Seguro vai receber os serviços de cardiologia e oncologia, e aqui em Feira de Santana temos o novo Clériston Andrade, que terá as obras iniciadas em dezembro e dentro de 10 meses teremos um novo hospital com prontuários digitais, sem utilização de papéis, um dos mais modernos do País”.
Hospital Geral Roberto Santos
O diretor-geral do HGRS, José Admirço Filho, diz que em 40 anos de história, a unidade nunca recebeu tantos investimentos como tem recebido nos últimos dois anos. “Tivemos uma requalificação muito interessante, principalmente nos leitos de terapia intensiva, hoje temos dez leitos específicos para pacientes de neurologia. O HGRS era responsável por 82% das cirurgias neurológicas no Estado, hoje realiza 94%. São 30 leitos para pacientes de procedimentos cardiovasculares, que também foram ampliados, temos agora oito leitos para os pacientes de hemodinâmica, o que possibilita a realização de aproximadamente 300 procedimentos por mês apenas nessa especialidade.
O diretor-geral avalia que o HGRS tem hoje o parque de bioimagem mais moderno de Salvador, tanto da rede pública como privada. “E também temos estrutura para atender a pequena e a média complexidade, no Hospital Dia do HGRS, que conta com três salas e 16 leitos, onde são realizadas 600 cirurgias por mês, às quais não precisam de UTI nem internamento”.
Aumento no número de atendimentos
“Nessa engrenagem toda, a gente percebe que o impacto é muito positivo, o número de atendimentos tem aumentado em torno de 20% ao ano”, contabiliza o diretor José Admirço. “E estamos com o hospital cheio de obras para os próximos dois anos – temos obras na cozinha, na subestação, na hemodiálise e outras programadas, para que o hospital possa viver os próximos 40 anos como o maior do Nordeste”. Com as novas medidas, informa Admirço, os resultados incluem o fim da espera de vagas em algumas áreas. “O HGRS atende todos os pacientes de hemodinâmica da rede. Com a mudança da estrutura e da filosofia de trabalho, a fila da regulação foi zerada em três meses. O outro modelo é o do Hospital Dia. Tínhamos pacientes que aguardavam até sete meses, hoje a fila do hospital, que era de 150 pacientes, foi zerada e estamos ajudando a reduzir ou zerar as filas de outros hospitais”.
Repórter: Raul Rodrigues
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