Caixa prepara nova rodada de crédito para baixa renda em meio às eleições
Mirando a baixa renda, o novo comando da Caixa Econômica Federal turbinou a parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para tentar alavancar até R$ 60 bilhões em microcrédito antes das eleições.
O acordo foi fechado pela nova presidente, Daniella Marques, ex-braço direito do ministro Paulo Guedes (Economia). Ela foi indicada ao posto após seu antecessor, Pedro Guimarães, ser alvo de denúncias de assédio sexual.
As novas linhas de crédito da Caixa -de até R$ 3.500- funcionarão como gesto político para os mais pobres que ainda não embarcaram na candidatura de Jair Bolsonaro mesmo diante dos R$ 42 bilhões em benefícios sociais que serão concedidos neste ano.
A intenção é reforçar essas linhas em um eventual segundo mandato de Bolsonaro. A promessa faz parte de seu plano de governo, registrado na semana passada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Na última semana, o ex-presidente Lula -que lidera as pesquisas de intenção de voto, segundo o Datafolha- defendeu mais crédito para os microempresários, justamente os que mais empregam no país.
As novas linhas da Caixa vêm na esteira de uma medida provisória, convertida em lei pelo Senado há dez dias, que criou o Programa de Simplificação do Microcrédito para Empreendedores (SIM Digital).
Na gestão de Marques, a Caixa também pretende criar políticas específicas para o público feminino. A parceria com o Sebrae terá uma vertente voltada às mulheres. Entre famílias de baixa renda, é elevado o número de pequenos comércios e empresas prestadoras de serviço tocados especialmente por empreendedoras.
O banco estatal também continuará como o principal agente operacional de empréstimos feitos pelo Sebrae com recursos do Fampe (Fundo de Aval para Micro e Pequenas Empresas).
Por essa modalidade, até o momento, foram R$ 8,8 bilhões concedidos durante a pandemia (de dezembro de 2020 até junho deste ano), 80% via Caixa, segundo Caetano de Andrade Minchillo, gerente de capitalização e serviços financeiros do Sebrae Nacional. A ideia agora é chegar a R$ 25 bilhões.
Segundo Minchillo, há um efeito multiplicador nesses empréstimos. No caso do Fampe, por exemplo, à medida que o tomador vai pagando mensalidades pelo crédito liberado, alimenta novos empréstimos.
Hoje, segundo dados do Banco Central, o microcrédito não chega a 1% do volume total do crédito direcionado.
Até abril deste ano, os pequenos empréstimos somaram R$ 10,3 bilhões e vêm crescendo a uma taxa baixa. Em 2020, a carteira somou R$ 7,8 bilhões.
Economia.
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