Nova Câmara defende reforma da Previdência, mas rejeita a de Temer
Os deputados eleitos que vão tomar posse no ano que vem são mais favoráveis a discutir uma reforma da Previdência do que os atuais parlamentares. A nova Câmara, no entanto, aceita mudar as regras de aposentadoria, desde que não seja a proposta enviada pelo presidente Michel Temer. Levantamento feito pelo Estado com os deputados eleitos aponta que 227 votariam a favor do endurecimento nas regras para se aposentar no Brasil – 44% do total. Seriam precisos mais 81 votos para chegar aos 308 necessários para se aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) na Câmara. Esse apoio, porém, é o maior já registrado em todas as edições do Placar da Previdência já feitas pelo Estado. A reportagem questionou 510 dos 513 deputados que vão compor a nova Câmara a partir de fevereiro de 2019. Além dos 227 que dizem ser favoráveis a uma nova reforma, 59 se declaram contrários a qualquer proposta. Mesmo os que apoiariam uma mudança na Previdência resistem a dois pontos que são considerados por especialistas como pilares básicos de qualquer proposta: a fixação de uma idade mínima para se aposentar no Brasil e a equiparação das regras de aposentadoria do funcionalismo às do INSS.
“Eu não vejo como fazer algo muito distinto do que está na proposta atual, porque a Previdência brasileira precisa de uma idade mínima e regras que equalizem as regras de servidores e não servidores”, defende o secretário de Previdência, Marcelo Caetano. A reforma da Previdência é considerada a principal medida que o próximo governo tem que tomar para dar sustentabilidade às contas públicas. Os brasileiros estão vivendo mais e devem passar uma parte cada vez maior de suas vidas na aposentadoria. Mas o que é visto como vantagem para o trabalhador pode ser um pesadelo para o próximo presidente. Só no INSS, o rombo chegará a R$ 218 bilhões em 2019. No regime previdenciário dos servidores da União, em que as regras são ainda mais benevolentes, o déficit será de outros R$ 87,5 bilhões. A conta não inclui o buraco nas contas de Estados e municípios.
Apesar de querer discutir mudanças na área, a deputada eleita Bia Kicis (PRP-DF) afirma ser contrária ao texto enviado pelo governo Temer. “O projeto dele manteve uma série de privilégios e penduricalhos. Acredito muito no projeto do Paulo Guedes (eventual ministro da Fazenda de um governo Jair Bolsonaro (PSL)), que é completamente diferente”, afirmou. “A gente aposenta muito cedo. Eu mesma sou um exemplo. Me aposentei com 54 anos.”
PUBLICIDADE PUBLICIDADEBrasil.
-
Bolsonaro: petróleo pode ter sido despejado "criminosamente"
-
Deputados recorrem ao MPF após Osmar Terra exonerar 19 servidores da Funarte
-
Lei que torna transporte irregular infração gravíssima entra em vigor
-
ACM Neto se reúne com ministro de Bolsonaro para tratar do fechamento da Petrobras
-
-
PF fez operação de busca e apreensão na casa e escritório de Janot
-
Com vetos, Bolsonaro sanciona projeto que muda Lei dos Partidos Políticos e Lei...
-
EDUCAÇÃO: Como escolher a melhor escola? Entenda os métodos de ensino no Brasil
-
-
Raquel Dodge diz que deu estrutura necessária para combate à corrupção
-
Caixa estende horário de atendimento nesta sexta e abre no sábado (14)
-
Globo demite funcionário que chamou de “imbecil” menino que desfilou com...
-
Situação na Amazônia não está fora de controle, diz ministro da Defesa
-
Seguro facultativo garante benefícios do INSS a quem não tem emprego
-
-
Bolsonaro assina decreto sobre bem-estar de animais usados em rodeios