Será o fim do mundo?

29 de junho de 2020 \\ O Bispo

Em tempos de epidemias, pandemias, terremotos, catástrofes, flagelos e guerras que assolam o mundo, sempre surgem “profetas” e “pregadores”, alguns usando o nome de Deus, que anunciam: “O mundo vai acabar. É o Fim do Mundo?” Essas previsões apavoram a quem lhes dá crédito. Mas, será que a pandemia atual está assinalando o Fim do Mundo?

NA IDADE Média, quando o mundo deixou o ano de 999 e entrou para o ano 1000, houve muita especulação sobre as possibilidades do Fim do Mundo. Nada aconteceu. Nos últimos 200 anos, em muitas oportunidades, foi previsto o Fim do Mundo. Jesus diria a essas pessoas: “Cuidado para não serdes enganados porque, muitos virão em meu nome, dizendo: O fim está próximo! Não sigais essa gente!”.

NÃO SE PODE negar o Fim do Mundo. Devemos levar a sério duas palavras de Jesus: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”. A segunda palavra: “Esse dia e essa hora ninguém conhece, nem os anjos no céu, nem o Filho, ninguém, senão o Pai” (Mc 13, 31-32).

Portanto, não compete a nenhum ser humano determinar quando será o Fim do Mundo. JESUS, para explicar o Fim do Mundo, conta uma parábola. É como alguém que parte em viagem: confia sua casa aos empregados. Ele pode voltar a qualquer hora, em plena noite ou de madrugada, mas espera encontrar cada um ocupado com sua tarefa. É necessário vigiar sempre. O que importa não é o acontecimento em si, mas a atitude que essa expectativa provoca em nós: a vigilância.

O MEDO, diante do Fim do Mundo, vem, muitas vezes, de quem não está vivendo em paz com Deus e com as pessoas. São Paulo insiste que não se deve especular a respeito: esse dia vem como um ladrão, de noite, quando ninguém espera. E adverte alguns fiéis de Tessalônica dizendo que, em vez de perder tempo com especulações sobre o fim do mundo, procurem praticar boas obras.

NÃO SE PREOCUPAR com o Fim do Mundo não significa acomodação ou falta de fé. Significa, que temos Cristo presente em nosso desejo de viver com Ele, que estamos em prontidão, todos os dias de nossa vida. A vigilância do cristão não consiste em calcular a data do Fim do Mundo, e sim, em ter sempre sua tarefa pronta para entregá-la, com carinho, ao Mestre Jesus.