Amigo de verdade

18 de julho de 2015 \\ O Bispo

Nos últimos anos surgiram datas alusivas aos mais diferentes acontecimentos e formas de relacionamento humano. Além de festas religiosas, temos festas sociais. E hoje são tantos os dias de festejar alguma coisa que muitos passam até despercebidos. Entre eles está o Dia do Amigo, 20 de julho.

VOCÊ tem muitos amigos? Quais são seus verdadeiros amigos e amigas? A amizade surge na vida da gente em momentos até inesperados: numa viagem, num comércio, numa fila de hospital ou num momento de dor, de acidente, de morte ou de grande necessidade.

UM AMIGO verdadeiro compreende, perdoa, aceita, acolhe. Está sempre presente. Não há tempo, distância, circunstância e contratempos que possam impedir a verdadeira amizade. O amigo verdadeiro oferece o ombro para você chorar, ouvidos para lhe escutar. Os amigos não tem segredos um para o outro. Partilham dores e alegrias. Eles se entendem e se aceitam como são. Os amigos se inspiram e se estimulam mutuamente a realizarem o bem.

RESGATAR o sentido da amizade é um dos grandes desafios da vida humana. A amizade, hoje, volta a ser a aspiração mais forte do coração humano. Certamente, o dom da amizade é o mais necessário para que se crie uma nova humanidade. Ter um amigo – seja para estudar, brincar, conversar, cantar ou chorar – é ter a certeza de que temos alguém ao nosso lado, sem interesses. É ter uma pessoa compreensível e verdadeira.

ARISTÓTELES dizia: “Um amigo “é uma alma em dois corpos”. Sócrates esclarece: “Somente uma pessoa de bem é amiga de outra de bem; o malvado não pode chegar á verdadeira amizade”. Paul T. D’Olbahc afirma: “Afim de ser sólida e duradoura, a amizade requer homens habitualmente dispostos a fazer o bem, e são estes que chamamos virtuosos”.

COM ESTES conceitos laicos, de autores antigos e novos, julgamos-nos dispensados de citar o que disseram da amizade, os santos. Já que, se são santos, é porque suas vidas foram a expressão da mais pura amizade com Deus e com o próximo. Cabe a eles o mesmo elogio de Jesus aos seus apóstolos: “Não chamo vocês de escravos porque o escravo não sabe o que o seu dono faz, mas chamo de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai” (Jo 15,15). “O maior amor que alguém pode ter pelos seus amigos é dar a vida por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando” (Jo 15, 12-14).