• Hospital em Feira de Santana vai realizar transplante cardíaco

Hospital em Feira de Santana vai realizar transplante cardíaco

09 de setembro de 2019 \\ Saúde

Uma grande conquista para a Bahia e sem dúvida para o município de Feira de Santana e

região. O Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA)/Instituto Nobre de Cardiologia (Incardio),

foi habilitado para realização de transplante cardíaco. De acordo com Dra. Ivana De Lamônica,

cirurgiã cardiovascular, integrante da equipe do Incardio, o hospital será o único na Bahia a

realizar este tipo de procedimento.

O processo de habilitação teve início há três anos. “Desde 2016, com o avanço do transplante

renal em Feira de Santana, houve um anseio da equipe de cirurgia cardíaca em trazer esta

técnica que é o transplante de coração para a unidade. Trata-se do último tratamento

definitivo para insuficiência cardíaca grave. Desde estão, nossa equipe, eu especificamente

com Dr. André Guimarães (diretor da equipe de cirurgia cardiovascular do Incardio), estamos

trabalhando para habilitar a unidade a realizar esse tipo de transplante”, afirmou Dra. Ivana.

Ainda de acordo com a médica, várias etapas foram vencidas para se chegar a este resultado.

Uma equipe da Central Nacional de Transplantes, do Sistema Estadual de Transplantes da

Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Hospital Sírio Libanês, visitou recentemente as

instalações do Incardio/HDPA para uma vistoria e aprovou a estrutura física e o corpo médico

da unidade. “Terminados estes fins e tendo cumprido os trâmites burocráticos, ocorreu uma

publicação na Comissão Intermunicipal Bipartite (CIB) aprovando o Incardio/HDPA para poder

fazer transplante cardiovascular. A próxima etapa deste processo será o treinamento da

equipe de cirurgiões cardiovasculares da unidade oferecido pelo Hospital Sírio Libanês, o qual

possui um programa de capacitação das equipes transplantadoras. O curso deve durar 18

meses”, assegurou.

Segundo Dr. André Guimarães, coordenador médico do Incardio, na Bahia o número de

transplante cardíaco é extremamente baixo, praticamente inexistente, em contrapartida as

captações do órgão tem aumentado. “Esta situação chamou a atenção do Ministério da Saúde,

uma vez que todos os outros tipos de transplantes são realizados no Estado e apenas o

cardíaco não está sendo feito. Ou seja, o coração captado na Bahia, além de não está sendo

usado no Estado, é encaminhado para a um banco de órgão, para utilização de válvulas em

outros tipos de cirurgia cardiovascular. Porém, muitos pacientes precisam de transplante do

coração no Estado”, pontuou Dr. André.

As cirurgias serão realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com incentivos dos governos

federal e estadual. “Toda a estrutura hospitalar está envolvida neste processo, isso gera em

torno de aproximadamente 350 trabalhadores diretos e indiretos. Existe uma previsão de que

o primeiro transplante cardíaco no Incardio/HDPA ocorra em dezembro do próximo ano, no

entanto isso pode ocorrer antes, de acordo com o resultado que tanto o hospital como a

equipe for apresentando”, afirmou Dr. André.

Estrutura Hospitalar

A equipe de cirurgia cardíaca do Incardio é multidisciplinar, formada por cirurgiões

cardiovasculares, médicos residentes em cirurgia cardíaca, além da equipe da Unidade de

Terapia Intensiva (UTI), coordenada pelo médico cardiologista Patrick Sampaio, nutricionistas,

profissionais atuando na hemodinâmica (cardiologia intervencionista), psicólogos, assistente

social, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentre outros. O hospital



também possui serviço de Laboratório, Central de Material de Esterilização (CME), Comissão

de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Gerenciamento de Internamento e Hotelaria.

Saiba mais sobre o transplante cardíaco

O transplante de coração consiste na substituição do coração por outro, vindo de um indivíduo

que esteja com morte cerebral e, que seja compatível com o do paciente que tem um

problema cardíaco potencialmente fatal. Desta forma, a cirurgia só é feita em casos de

doenças cardíacas graves e, que ponha em risco a vida do paciente.

O transplante de coração é feito por uma equipe médica especializada dentro de um hospital

devidamente equipado, pois é uma cirurgia complexa e delicada, onde é removido o coração e

substituído por outro compatível, porém, permanece sempre alguma parte do coração do

paciente cardíaco.

Há indicação para um transplante de coração em caso de doenças cardíacas graves em

estágios avançados, que não podem ser solucionadas com a ingestão de medicamentos nem

com outras cirurgias, e que põem em risco a vida do individuo. As principais indicações são

insuficiência cardíaca grave que não responde ao tratamento e arritmia ventricular sem

possibilidade de tratamento documentada por testes clínicos e exames laboratoriais.

Contraindicações absolutas são: doença hepática grave, doença pulmonar grave,

incompatibilidade com o doador, doença cerebral ou periférica graves e possibilidade de não

usar os remédios imunossupressores (doença psiquiátrica grave ou dependência química).

O transplante pode ser realizado em indivíduos de todas as idades, desde recém-nascidos a

idosos, contudo, a indicação para o transplante cardíaco também irá depender do estado dos

outros órgãos, como cérebro, fígado e rins, pois se eles estiverem gravemente

comprometidos, o indivíduo poderá não se beneficiar do transplante.

Embora, existam contraindicações o médico avalia sempre os riscos e os benefícios da cirurgia

e, em conjunto com o paciente decidem se a cirurgia deve ou não ser feita.

 

Assessoria de imprensa

Cristiane Melo (75) 99975-1324

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Saúde.