• Prioridade de Rui com educação deve ser testada com escolhido para secretaria

Prioridade de Rui com educação deve ser testada com escolhido para secretaria

22 de janeiro de 2019 \\ Política

Ao longo dos quatro primeiros anos à frente do Executivo baiano, o governador Rui Costa investiu na melhoria de índices de duas áreas fundamentais para a população: saúde e segurança. A primeira delas com a interiorização de serviços essenciais e projetos como as policlínicas. A segunda com tecnologia e inteligência – ainda que a sensação de segurança não tenha aumentado. No entanto, a área apresentada como prioritária no segundo mandato, a educação não apresentou melhora expressiva. Talvez por isso se justifique a demora em apresentar o secretariado: Rui só estaria interessado em indicar os novos titulares após definir quem vai para a Secretaria Estadual de Educação.

 

Até o momento as informações que circulam apontam que o governador quer alguém técnico para o cargo. Depois da passagem frustrante do senador Walter Pinheiro pela pasta – do ponto de vista do resultado prático dos índices de educação básica, principal base para avaliação do ensino público no Brasil -, Rui não quer deixar essa secretaria específica sob a tutela de um político. Tanto que já teria posto um fim na expectativa do PT de indicar um nome para o posto, mesmo que o indicado tenha perfil mais técnico.

 

Porém nem apenas de tecnicidades vive uma secretaria como a de educação. Durante boa parte da segunda gestão de Jaques Wagner e o pedaço inicial do comando de Rui, a pasta esteve sob a batuta do professor Osvaldo Barreto Filho, com experiência “em Política, Planejamento e Gestão Governamental, atuando com ênfase na formulação de políticas e de gestão de sistemas educacionais”, conforme o próprio currículo do titular da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia. E, ainda assim, pouco se evoluiu na educação pública e a principal marca de Barreto se tornou uma greve de mais de 100 dias em 2012.

 

Em 2018, o Índice da Educação Básica (Ideb) do Ensino Médio colocou a Bahia na pior posição do Brasil. Os alunos baianos ficaram com 2.7 na avaliação que tinha como expectativa uma nota de 4.1. A Secretaria de Educação, logicamente, questionou a metodologia com que os dados foram obtidos – um padrão utilizado pelo governo do estado para evitar admitir que existem problemas nas mais diversas áreas, inclusive saúde e segurança. No entanto, não há como negar que, ainda que a metodologia tenha mudado, a pior posição no comparativo com outros estados é um sinal de alerta aceso e piscando, tal qual um farol de ambulância.

 

Rui escolheu exatamente a educação como prioridade para tentar reverter o quadro histórico negativo da baixa qualidade do ensino público na Bahia. Poucos foram os governantes nos últimos 40 anos que tenham se esforçado efetivamente para melhorar a rede estadual e, caso consiga colocar em prática o discurso, o governador pode entrar para os anais como um transformador social efetivo, diferente de muitos políticos que passaram pelo cargo e deixaram a desejar no investimento na área.

 

Caso se confirme que o governador aguarda a escolha do nome para a Secretaria de Educação para apresentar o primeiro escalão desse segundo governo, as razões para esperar são mais do que justificadas. Contanto que o futuro secretário seja, efetivamente, alguém apto a ser um bom gestor para avançar realmente na qualidade do ensino.

 

Fonte: Bahia Notícias 

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