Conhecida como 'Dona Maria', maior traficante da Bahia é transferida para presídio no interior do estado
A mulher apontada pela polícia como a maior traficante da Bahia foi transferida do Centro de Operações da Polícia Civil (COE), em Salvador, para o Conjunto Penal de Juazeiro, no norte do estado. Segundo Valmiro Marinho, advogado de Jasiane Teixeira, mais conhecida como "Dona Maria", foi transferida na manhã de quarta-feira (2).
A mulher foi condenada por participar da morte de um agente penitenciário em Jequié, no sudoeste baiano, um dos locais onde atuava. Segundo o advogado, ela cumpre a pena no regime semiaberto, que permite que o preso saia da cadeia para trabalhar ou fazer cursos, durante o dia, e retorne à unidade prisional à noite. O advogado não informou se ela vai usar o benefício das saídas.
Quando foi capturada, Jasiane tinha outros três mandados de prisão em aberto por tráfico de drogas, homicídios e corrupções de menores.
Jasiane foi presa no dia 25 de setembro, em Biritiba Mirim, em São Paulo, após investigações da polícia baiana. "Dona Maria" estava no Baralho do Crime da Secretaria de Segurança do Estado (SSP-BA), como a dama de copas. A ferramente reúne informações e fotos dos criminosos mais procurados do estado e tem auxiliado a polícia na captura deles.
A traficante foi transferida para Salvador, sob forte esquema de segurança, dois dias após ser presa. Ela foi transportada em uma aeronave do Grupamento Aéreo da PM (Graer), com pés e mãos algemados e com os olhos vendados.
Um dia depois, ela foi apresentada à imprensa e alegou inocência. Na ocasião, Jasiane disse aos jornalistas que está grávida, mas, segundo a polícia, se recusou a fazer exames que possam comprovar a gestação. Também durante a apresentação, a suspeita declarou que vai escrever um livro sobre a própria história.
Jasiane é acusa pela polícia de envolvimento em mais de 100 mortes na região sudoeste do estado. Contra a suspeita, há também investigações por envolvimento com corrupção de menores, roubos, falsificações e tráfico de armas.
De acordo com a polícia, após a morte do pai das filhas, identificado como Bruno de Jesus Camilo, que era chefe de uma quadrilha na Bahia, Jasiane se aliou a integrantes de outros grupos criminosos do estado e do Rio de Janeiro e passou a comandar a distribuição de drogas no sudoeste baiano e em outras regiões do estado, como Minas Gerais.
Segundo a polícia, Jasiane também foi responsável por intermediar a compra de armamento pesado, como fuzis e granadas para os grupos que chefiava.
No ano passado, uma aeronave foi apreendida pela polícia de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. Conforme a polícia, o avião era usado para trazer drogas e armas da Bolívia, Venezuela, Colômbia e Peru, sob operação de Jasiane. Três homens foram presos na ação.
Fonte: G1
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