• Polícia vai reconstruir percurso de perseguição que culminou na morte de PM

Polícia vai reconstruir percurso de perseguição que culminou na morte de PM

28 de agosto de 2018 \\ Polícia

A Polícia Civil de Feira de Santana informou nesta terça-feira (28) que vai reconstruir o percurso feito pelo policial Florisvaldo Moreira Santos Júnior e o autor do disparo que o levou à morte, durante uma perseguição na Avenida Nóide Cerqueira, na madrugada do último domingo (26).

O suspeito de matar o policial militar, de 39 anos, se apresentou na segunda-feira (27), na companhia de um advogado, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Salvador. 

De acordo com o delegado Fabrício Linard, titular da Delegacia de Homicídios de Feira, em entrevista ao Acorda Cidade, o suspeito relatou em depoimento que deixava a ex-namorada do policial em casa, quando passaram a ser perseguidos pelo PM, que efetuava disparos de arma de fogo.

“Na altura na Avenida Nóide Cerqueira, nas barracas de fogos, ele relata que o veículo da vítima estava quase emparelhado com o dele. Ele tentou fazer uma conversão rápida à direita, na tentativa de se desvencilhar dessa perseguição, perdeu o controle do veículo e se chocou contra um poste. Ele disse que mais adiante a vítima parou o seu veículo e desceu correndo em direção ao seu carro com uma pistola em punho. Quando o mesmo se aproximou da sua porta, para se defender e não ser morto, efetuou um único disparo, que foi fatal para o Florisvaldo”, revelou o delegado.

Fabrício Linard reforçou que todas as medidas necessárias para instruir e concluir as investigações estão sendo tomadas pela DH. Ele afirmou que vai refazer pessoalmente o itinerário onde ocorreu a perseguição. “Ele relata as ruas nas quais essa perseguição ocorreu. Vamos tentar ver se nesse trajeto conseguimos outras imagens. Já recebemos as imagens da Seprev. Então temos todas as medidas para analisarmos se tudo ocorreu como o suspeito está narrando, e como a ex-namorada do policial, que estava presente também está narrando. Acreditamos que ao final do prazo de 30 dias vamos concluir esse inquérito para o Ministério Público.”

O delegado adiantou que, até o momento, todos os depoimentos batem com as investigações. “Quero traçar essa rota que eles fizeram, transcorrer esse percurso que foi feito pelo suspeito, pra gente ter uma ideia. A Nóide é uma avenida que permite alta velocidade, mas as outras ruas não. Mas tudo realmente parece ter ocorrido com a ex-namorada do policial conta e como o próprio suspeito conta. Pela posição que nós vimos da queda do policial, próximo à porta do veículo do suspeito, a sua arma em seu poder. Então tudo realmente demonstra que tenha ocorrido como relata o suspeito. Mas, temos que nos cobrir de toda a cautela e investigarmos o máximo possível. Nós buscamos a certeza”, ponderou.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Polícia.