• Governo amplia parceria para valorização dos produtos sustentáveis da agricultura familiar

Governo amplia parceria para valorização dos produtos sustentáveis da agricultura familiar

30 de novembro de 2018 \\ Governo

Foi assinado, nesta quinta-feira (29), o convênio entre a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e o movimento do Slow Food, para o fortalecimento dos trabalhos com as cooperativas e agroindústrias baianas, ligando o produtor ao consumidor, para valorização da sociobiodiversidade e da cultura alimentar da Bahia.

Nessa parceria, no primeiro ano, serão identificadas comunidades e novos produtos, realizando intercâmbios entre as cadeias produtivas que envolvem a agricultura familiar, e renomados chefs de cozinha, que utilizam os produtos da arca do gosto em suas receitas. No segundo ano, é prevista a produção de audiovisuais e uma publicação sobre as ações da parceria.

O secretário da SDR, Jerônimo Rodrigues, falou sobre os vários níveis em que se encontram as agroindústrias na Bahia, “As cooperativas que produzem alimentos gerados pela produção de agricultores e agricultoras familiares, estão em diferentes estágios, mas todas possuem a garantia da qualidade dos produtos, gerados a partir de uma perspectiva agroecológica, sem a utilização de venenos. E essa é uma boa agenda para celebramos nesse próximo período, e que vai ajudar muita gente”, avaliou.

Para Georges Junior, presidente da associação Slow Food do Brasil, o convênio promete grande riqueza de resultados e o fortalecimento dos produtos da agricultura familiar, visto que a Bahia é um grande celeiro de ideias para aproximar o produtor do mercado consumidor: “Essas cadeias curtas, que são objetos do nosso fomento, alimentam o mundo de forma sustentável. Precisamos mostrar isso para o mundo. O Slow Food age localmente e projeta mundialmente”, disse.

Para o oficial do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Hardi Vieira, “o FIDA já tem desenvolvido um trabalho próximo e colaborativo com o Slow Food. É uma importante parceria para nós”, citou o membro do órgão das Nações Unidas parceiro do Governo da Bahia no projeto Pró-Semiárido.

Filosofia do Slow Food

Comer é fundamental para viver. A forma como nos alimentamos tem profunda influência no que nos rodeia - na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. Para um verdadeiro gastrônomo é impossível ignorar as fortes relações entre prato e planeta. Além disso, melhorar a qualidade da nossa alimentação e arranjar tempo para saboreá-la uma forma simples de tornar o nosso cotidiano mais prazeroso. Esta é a filosofia do Slow Food.

Fundado por Carlo Petrini, em 1986, o Slow Food, movimento que luta por um alimento bom limpo e justo, se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989. Atualmente conta com mais de 100.000 membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão, Reino Unido e apoiadores em 150 países.

O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores. O Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no mundo, e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, se tornando coprodutores.


Fonte: Ascom/Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR)

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