• Políticas públicas para literatura periférica são debatidas na Alba

Políticas públicas para literatura periférica são debatidas na Alba

14 de abril de 2024 \\ Geral

Uma audiência pública proposta pelo deputado Robinson Almeida (PT) trouxe o debate, nesta sexta-feira, 12, das políticas públicas para a literatura periférica. Realizado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o evento contou com a participação do secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, da presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Maria Marighella, de representantes dos Ministérios da Cultura e da Igualdade Racial, escritores, produtores culturais, professores e estudantes de escolas públicas.

Na ocasião, foi destacada a importância do Estado promover e incentivar as práticas de cultura e arte nas periferias. Para o deputado Robinson Almeida, o encontro tem fundamental relevância na discussão de propostas que possam valorizar e estimular a literatura periférica em território baiano e demais regiões do Brasil.

“É importante que o Estado brasileiro esteja presente nas comunidades para promover o bem-estar das pessoas. Se não for assim, sabemos que vão chegar outras atividades muitas vezes consideradas ilegais. Se o Estado se ausenta, esse vazio vai ser ocupado”, alertou o petista, frisando a necessidade de se proteger a população que reside nas periferias.

“Através da cultura e da literatura, a gente pode incentivar essas práticas cotidianas nas comunidades, promovendo cidadania e inclusão social. Para isso, é importante que ocorra a intersecção entre periferia, juventude, saúde, educação e cultura”, defendeu Robinson Almeida. Ele também destacou o potencial que as escolas carregam enquanto espaço com capacidade de promover acesso a atividades de lazer e cultura.

Repercussão

O secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, afirmou que a política de territorialização da cultura representa a valorização das identidades de quem vive em cada local. Ele frisou que o Governo do Estado tem estabelecido uma diretriz de reconhecer o fazer cultural nos locais onde as ações acontecem efetivamente.

“Há uma elite cultural que se acostumou a atuar como validadora daquilo que é cultura e daquilo que não é cultura. No entanto, consideramos cultura aquilo que brota nos mais diversos espaços”, disse.

Igor Graciano, coordenador de Literatura na Diretoria de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, classificou a audiência como momento de celebração e de caráter histórico em função da oportunidade de construção de políticas públicas para a literatura periférica.

“A literatura não está somente nos gabinetes, nas universidades. Ela também está nas ruas. Esse é um momento de escuta, de pensar o que devemos fazer a partir daquilo que já existe e construir políticas adequadas. É notório que a literatura não só representa o mundo, ela constitui o mundo, reconfigura e transforma espaços e territórios”, frisou.

A audiência também teve a presença do presidente da Academia de Letras da Bahia (ALB), Ordep Serra, e de escritores oriundos de estados como Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

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