• Após perder o pai em acidente de trânsito e a mãe para o câncer, irmãs baianas lutam para concluir graduação de medicina

Após perder o pai em acidente de trânsito e a mãe para o câncer, irmãs baianas lutam para concluir graduação de medicina

22 de outubro de 2023 \\ Geral

Oito anos sem o pai e pouco mais de um mês sem mãe. Essa é a realidade das irmãs baianas Vitória Souza, de 24 anos, e Evelin Souza, de 22 anos, que mesmo sem suas duas referências de vida, lutam para concluir a graduação de medicina em instituições públicas do país.

Apesar de não pagarem mensalidade, as jovens naturais de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, enfrentam dificuldades financeiras para cobrir despesas, como alimentação e moradia. As duas estão com os cursos trancados desde o segundo semestre deste ano, para poder cuidar da mãe, vítima de câncer. 

"A gente sempre soube que através do estudo nós conseguiríamos melhorar a nossa situação financeira e modificar nossa situação socioeconômica. Foi assim [com estudo] que encontramos o caminho para mudar de vida", disse Evelin Souza.

Para que as estudantes sigam no curso de medicina, uma campanha foi criada pela família delas com o objetivo de arrecadar cerca de R$ 12 mil para pagamento dessas despesas em 2024, ano em que elas pretendem retornar às intituições de ensino: Vitória para Universidade Federal do Triângulo Mineiro (MG) e Evelin para a Universidade Federal da Bahia, em Salvador . 

"Se depender da gente elas vão em frente e vão se formar", reforçou Maria de Lourdes Souza, avó das estudantes.
Professores do Colégio Estadual José Ferreira Pinto, no Bairro Campo Limpo, também em Feira de Santana, onde as jovens estudaram nos ensinos fundamental e médio, se uniram na campanha. Para eles, Evelin e Vitória são dedicadas e comprometidas, por isso merecem conquistar o sonho da graduação em medicina.
"Elas romperam uma barreira social, são meninas negras que vieram de escola pública e que sempre se dedicaram aos estudos. Nas horas vagas sempre ocuparam os espaços e ajuda familiar, apesar de humilde. Principalmente da mãe, que elas perderam recentemente", disse o professor Emanuel Araújo.

Fonte: G1


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