• Produtores rurais da região de Irecê tentam garantir uma boa safra de milho

Produtores rurais da região de Irecê tentam garantir uma boa safra de milho

06 de janeiro de 2022 \\ Geral

Na região de Irecê, no sertão baiano, as chuvas chegaram em volume e distribuição ideais para as lavouras. Depois de um ano amargando um dos maiores prejuízos com a quebra de safra, os agricultores voltam a sonhar com uma colheita farta e estão bastante otimistas com as previsões. A expectativa é que nesse ano sejam colhidas mais de 350 mil toneladas do grão – um dos melhores resultados já obtidos. 

De acordo com um levantamento preliminar, para este ciclo agrícola, a região destinou 120 mil hectares para o cultivo do milho, cerca de 15% a mais que o ano passado. Devido às boas condições climáticas, os agricultores acreditam que terão uma produtividade média de 50 sacas por hectare, o que também é um recorde para a região majoritariamente de sequeiro.  

Everaldo Dourado, um dos produtores que apostam numa supersafra, contou que as lavouras estão em diferentes estágios, mas com desenvolvimento vegetativo satisfatório para o cenário atual. “Algumas áreas já estão em fase de floração e bonecagem e o solo está bastante molhado ainda, podendo suportar um intervalo de até 15 dias de sol. A previsão é de finalizar o plantio nos próximos dias. Contudo, podemos dizer que já temos boa parte da safra garantida”, comemora. 

O milho produzido em Irecê abastece o mercado baiano e de outros estados do Nordeste, a exemplo de Pernambuco. O item é destinado para o consumo humano e animal. Apesar do custo de produção ter se elevado, o preço da saca acompanhou os reajustes e promete ser um bom negócio para os produtores rurais. 

Segundo Dourado, o otimismo se dá também para outras culturas. Após 30 anos, a região volta a produzir, ainda que timidamente, o grão pelo qual ficou conhecida como polo produtivo: feijão. Além dele, alguns produtores também apostaram na mamona para diversificar a cultura.  

“Como bem descreveu o escritor Euclides da Cunha, há 120 anos, o sertanejo é, antes de tudo, um forte. Essa descrição nunca esteve tão atual. É preciso força e muito trabalho para sair de um cenário adverso e continuar apostando na atividade. É preciso mesmo muita força para não desistir”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda. 

Ascom Faeb/Senar 

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