• Ameaçado na Tribuna Livre, vereador diz não ter medo de ser processado, nem de morte

Ameaçado na Tribuna Livre, vereador diz não ter medo de ser processado, nem de morte

15 de abril de 2021 \\ Geral

"Respondo a nove processos, por defender, nesta Casa, a família e os seus valores", declara o vereador Edvaldo Lima (MDB), alvo de ataques, esta semana, por dois representantes de entidades que utilizaram a Tribuna Livre da Câmara. Um destes ocorreu na terça-feira, quando a dirigente do Núcleo Cultural Educacional e Social Quilombola Odungê, Lourdes Santana, com tem "divergências ideológicas, não pessoais". Em seu pronunciamento, ela ameaçou ingressar "com 10 processos diferentes" contra o vereador evangélico. "Este prédio do Legislativo amanheceu pichado, certa feita, com agressões contra mim. Não tenho medo de  ser processado, nem de morte", disse , ao lembrar que já foi acionado judicialmente pela mesma entidade que "mais uma vez me ameaça  através de sua dirigente".
 
Na quarta-feira, o representante da Associação Cultural Movimento Negro Afoxé Pomba de Malê, Vicente Silva Santos, teria cometido excessos, no entendimento do vereador, ao falar na Tribuna Livre. Disse o dirigente da tradicional entidade que "ao vir a esta Casa da Cidadania, fico em dúvida se estou em um lugar com essa denominação" e que se depara com "situações escabrosas, um tanto quanto circenses em algumas determinâncias". Edvaldo alerta para a conduta em plenário por parte do orador em plenário: evitar expressões que possam ferir o decoro da Câmara, a exemplo de descortesia aos vereadores e demais, "sob pena de não poder continuar  o seu pronunciamento".  

Ele chama a atenção dos colegas para a necessidade de encaminhar a devida orientação  ao seu convidado para falar na Tribuna Livre sobre o respeito que se deve manter à Câmara. "Que seja respeitada não a nossa vontade, mas o Regimento", diz. Afinal, acrescenta, "agressões verbais atingem a toda a Casa, que deve ser preservada". Para o vereador, está sendo desvirtuada a finalidade deste espaço por alguns que se inscrevem para utilizá-lo, visto que preconiza aos inscritos tratar de "assuntos de interesse público". 

A legislação interna,  explica o vereador, diz que o espaço é disponibilizado em dia de sessão ordinária, antes do pequeno expediente, para que  associações e entidades civis sem fins lucrativos possam se manifestar acerca de temas relevantes para a população. Um pedido de inscrição deve ser protocolado na Câmara, com o assunto a ser abordado, acompanhado de justificativa. Após lido, pedido será encaminhado ao 1º secretário, para agendamento, que deve obedecer ao prazo mínimo de 48 horas após a solicitação.

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