• Setembro tem recorde histórico de queimadas no Pantanal

Setembro tem recorde histórico de queimadas no Pantanal

25 de setembro de 2020 \\ Geral

Setembro de 2020, mesmo ainda não completo, já tem o maior registro de queimadas na história do Pantanal.


Até o dia 23, foram registrados 6.048 incêndios no bioma. O recorde total anterior era de agosto de 2005, com 5.993 focos de calor. Em seguida, aparece agosto de 2020, com 5.935 focos. No último dia 16, o número de focos de calor no bioma já superava qualquer valor registrado em meses de setembro anteriores.


O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) faz o monitoramento das queimadas no país desde 1998.


O Pantanal passa pela pior seca registrada nos últimos 60 anos, segundo o Cemadem (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).


Há meses a situação já se mostrava crítica. O período mais úmido do Pantanal teve pouca chuva e 2020 teve o primeiro semestre com maior número de queimadas no bioma. Julho também teve o maior registro de fogo e agosto manteve elevado número de focos de calor, próximo ao recorde.


As chamas no Pantanal já consumiram mais de 21% do bioma desde o início do ano.


Agosto e setembro são historicamente os meses mais críticos em relação a fogo no Pantanal e em outros biomas brasileiros, que também estão sofrendo com os incêndios neste ano.


O recorde de fogo em setembro e o altíssimo número em agosto acontecem apesar da proibição do uso de fogo tanto no Pantanal quanto na Amazônia. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) proibiu, em 16 de julho, por 120 dias, as queimadas nesses biomas, apesar de rir e menosprezar o potencial de tal decreto. Uma moratória do fogo já estava em vigor também no Mato Grosso desde o início de julho.


Independentemente dessas ações, julho teve recorde de fogo no Pantanal.

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