Feira pode ser local para o "Cariri Cangaço"
A delegação feirense ao próximo “Cariri Cangaço“ em Serra Talhada de 11 a 15 de novembro, irá solicitar a realização de um desses eventos em Feira de Santana, terra do negro Lucas que é considerado o primeiro cangaceiro do Brasil.
Recentemente foi
realizado o ”Cariri Cangaço”, na cidade de Piranhas, em Alagoas e no município
os pesquisadores e participantes assistiram, além das palestras e visitação de
locais históricos, a colocação das cinzas do maior escritor de Cangaço, Antônio
Amaury Correa de Araújo, no Rio São Francisco pelo seu filho Carlos Elydio, o
qual continua com as pesquisas.
O paulista Antônio
Amaury esteve algumas vezes em Feira de Santana pesquisando sobre Cangaço,
sendo hóspede do poeta Franklin Maxado o qual prefaciou seu livro “Lampião:
Mulheres no Cangaço”.
A delegação que
agora irá a Serra Talhado, lugar onde nasceu Lampião, deverá ser composta pelo
jornalista Azevedo Junior, o cordelista Jurivaldo Alves e Franklin Maxado,
entre outros nomes a serem confirmados até a ocasião. Onde participarão de diversos debates e
esclarecimentos sobre o fenômeno do Cangaço no Nordeste.
Já em Feira,
deverão ser listados a praça do Nordestino (praça d. Pedro II), onde Lucas foi
enforcado, a lateral da igreja Catedral de Nossa senhora Santana, local onde
foi sepultada a cabeça do salteador e a
feira de gado, onde ele atuava, além de palestras e debates sobre sua
existência.
Também, serão realizadas
apresentações de folhetos de Cordel sobre Lucas, Lampião, os cangaceiros e outros.
O movimento “Cariri
Cangaço” é dirigido pelo escritor cearense Manoel Severo e sua realização
sempre atraem curiosos e turistas, além de pesquisadores de todo o país. A
historiografia sobre Lucas da Feira é vasta, englobando nomes como Câmara
Cascudo, Gustavo Barroso, Hugo Navarro e entre outros.
Atualmente o
jornalista e poeta Zezão Castro, elabora uma tese de eu o “ABC de Lucas da
Feira”, escrito e publicado em 1849 com autoria atribuída ao meirinho Souza
Velho, foi o primeiro cordel impresso no Brasil. O abecês eram a forma antiga
dos folhetos de Cordel e na Bahia, sendo que até hoje é sinônimo de Cordel. Por
Franklin Maxado
Cultura.
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