China encerra bloqueio de Wuhan, mas vida normal ainda é um sonho distante
A China encerrou nesta terça-feira (7), quart-feira no país oriental o confinamento na cidade de Wuhan, cidade onde surgiu o coronavírus pela primeira vez e forte símbolo de uma pandemia que matou dezenas de milhares de pessoas, abalou a economia global e provocou agitações em todo o mundo.
Mas a cidade que reabriu após mais de 10 semanas está profundamente marcada. Sua recuperação será observada por um mundo em busca de lições sobre como as populações passam pela dor e pela calamidade de uma magnitude tão impressionante.
Em Wuhan, a doença e a morte atingiram centenas de milhares de vidas, imprimindo-as com trauma que pode durar décadas. As empresas, mesmo as que reabriram, enfrentam um caminho difícil pela frente, com uma lentidão que provavelmente persistirá por algum tempo. Nos bairros, as autoridades ainda continuam a regular as idas e vindas de seus moradores, sem uma volta à normalidade à vista, segundo o Estado de São Paulo.
As autoridades chinesas isolaram Wuhan, um centro industrial de 11 milhões de pessoas, no fim de janeiro, numa frenética tentativa de limitar a propagação do surto. Na época, muitos viram a decisão como um passo extremo, que só poderia ser possível em um sistema autoritário como o da China. Mas com o agravamento da epidemia, governos de todo o mundo promulgaram uma variedade de restrições rigorosas aos movimentos de seus cidadãos.
Cerca de 1,4 milhão de infectados e 80 mil mortos foram relatados em todo o mundo - números que estão subindo rapidamente e as autoridades dizem que subestimam muito a verdadeira extensão da pandemia. O contágio diminuiu em países como Itália e Espanha, mas continua a se espalhar rapidamente em outros lugares do mundo, incluindo os Estados Unidos, que se aproximam de 400 mil infecções conhecidas.
As notícias são acompanhadas de cenas de hospitais transbordando na cidade de Nova York, corpos não coletados nas ruas do Equador, atualizações sobre a condição do primeiro-ministro Boris Johnson, dp Reino Unido, que está internado em terapia intensiva, e avisos de especialistas de que a epidemia pode estar explodindo, de uma maneira não detectada, nas partes mais pobres do mundo.
A maior parte de Europa, Brasil, Índia, Estados Unidos e muitos outros lugares impuseram ordens para que as empresas fechem as portas e a maioria das pessoas fique em casa, prejudicando abruptamente as economias e expulsando milhões de pessoas do trabalho.
A medida completa do sacrifício que tais políticas envolvem - em empregos e renda perdida, em vidas interrompidas - pode ser tomada primeiro em Wuhan. BN
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