PÂNICO NA CIDADE

13 de outubro de 2014 \\ O Bispo

PÂNICO NA CIDADE
 
Para alguns, existem exageros na quantidade de informações que a mídia, especialmente eletrônica, dá à mais recente crise na área da saúde envolvendo a febre de Chikungunya? A imprensa cumpre seu papel de alertar e informar à população a respeito de riscos que podem ocorrer com doenças,  e agora com a “Epidemia de Chikungunya”.
 
NA IDADE Média ficaram famosas as pestes que devastavam aldeias e cidades. Os mortos eram enterrados em valas comuns. Apesar da precariedade de recursos, as epidemias completavam seu ciclo e acabavam. No começo do século passado – em 1918 e 1919 – a Gripe Espanhola causou a morte de, pelo menos, 25 milhões de pessoas em todo mundo. Agora é a febre Chikungunya que coloca Feira de Santana em pânico. 
 
HÁ 500 ANOS os surtos epidêmicos acabavam controlados pelo isolamento. As cidades empestadas ficavam de quarentena: ninguém entrava e ninguém saia. Hoje as pestes são globalizadas. Nosso planeta está interligado, com pessoas continuamente viajando de um país para outro. A febre Chikungunya  encontra terreno fértil para se alastrar. 
 
A CADA DIA modificam-se as estatísticas, altera-se o placar, a favor ou contra a febre. Confirmada está sua velocidade; imprevisível ainda é seu potencial. Enquanto muitos garantem que o pior já passou, a prudência aconselha aguardar os próximos lances. Sem pânico, mas também sem omissão.
 
O COMBATE à febre Chikungunya é tarefa de todos, e não somente de sanitaristas, médicos, autoridades e da imprensa.  A prevenção é a arma principal da população para combater esta doença que em tão pouco tempo se propagou em várias cidades do Brasil. A participação da comunidade é fundamental e determinante para combater o mosquito aedes aegypti que transmite a dengue e a referida febre.
 
HÁ SEM DÚVIDA, dedicação admirável de autoridades, médicos, enfermeiros e atendentes. É dever da justiça reconhecer o esforço de hospitais, clínicas e centros de saúde em acolher enfermos, empenhando-se para que consigam a cura. Por isso, desejo, prestar minha homenagem a todos os que dedicam a sua vida para que povo tenha mais saúde, procurando imitar a Jesus que disse: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”.
 
Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano