TRÁFICO HUMANO

11 de março de 2014 \\ O Bispo

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano é “Fraternidade e Tráfico Humano”. O tráfico humano destaca-se entre os grandes problemas sociais da atualidade. É uma atividade criminosa cuja finalidade é explorar pessoas.  A Igreja, com essa Campanha, deseja despertar a sensibilidade de todas as pessoas de boa vontade para esse drama humano, social e cristão.
 
OS CRIMINOSOS desse tráfico exploram pessoas em várias atividades:  Exploração no trabalho, chamado de trabalho forçado, trabalho escravo; Tráfico para a exploração sexual – prostituição, pornografia, principalmente na internet. Tráfico para a extração de órgãos – Trata-se de um crime que vem crescendo nos últimos anos. Tráfico de crianças e adolescentes – Somente na década de 80, quase 20 mil crianças brasileiras foram enviadas ao exterior para adoção, sendo que a situação de muitas permanece uma incógnita.
 
O PAPA FRANCISCO assim se referiu a essa prática: “O tráfico de pessoas é uma atividade ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas!”. O tráfico humano é uma das questões sociais mais graves da atualidade. Não há país livre do tráfico de pessoas, seja como ponto de origem do crime, seja como destino dos traficados.
 
A MAIORIA das pessoas traficadas é pobre. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens, crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade.
 
O TRÁFICO humano, portanto se desenvolve num ambiente de exploração de pessoas para o lucro. Chama a atenção a crueldade com que se explora as vítimas, entendidas como objetos. Violam-se a dignidade e a intimidade da pessoa; elas são tratadas com extrema violência e, por vezes, mortas.
 
QUE A CAMPANHA da Fraternidade suscite muitas ações e parcerias que contribuam para a erradicação dessa chaga desumanizante, que impede pessoas de trilharem seus caminhos na vida. “Peçamos ao Senhor a graça de chorar pela nossa indiferença, de chorar pela crueldade que há no mundo e em nós, permitindo que filhos (as), de Deus sejam vendidos” (Papa Francisco).
 
Itamar Vian
 
Arcebispo Metropolitano