O maior dos desafios

06 de junho de 2011 \\ O Bispo

A Primeira Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Humano, celebrada em Estocolmo, Suécia, em 1972, decidiu instituir o 5 junho, como o Dia Mundial do Meio Ambiente. A intenção é lembrar, todo ano, a urgência de se preservar e proteger o planeta.

NO PRIMEIROlivro da Bíblia Sagrada, após o relato da criação do céu e da terra, Deus encarrega o homem de cuidar de sua obra: “O Senhor colocou o homem no Jardim do Éden, para que o cultivasse e guardasse” (GN 2,15). A felicidade passaria pelo respeito à árvore do bem e do mal, tendo como conseqüência vida ou morte.

DURANTEséculos a humanidade não teve o menor respeito pela natureza, julgando que ela fosse inesgotável e a serviço dele mesmo, intitulando-se rei da criação. No final do século XIX, Darwin e Haeckel começaram a dar-se conta da interligação de todos os seres criados e das relações, amistosas ou não, na luta pela vida.

OS RESULTADOSpráticos não apareceram e o homem continuou explorar a natureza sem critérios, consumindo em excesso e poluindo o meio ambiente. E num nível crescente foram aparecendo as denúncias: águas poluídas; espécies extintas, escassez de determinados produtos. Depois veio o aquecimento global, a desertificação de grandes áreas, a diminuição da camada de ozônio. Enfim, a Terra estava decadente, transformada em lata de lixo. Num mundo com mais de 6 bilhões de habitantes, meu esforço é insignificante, desculpam-se muitos.

CRESCERAMos aglomerados urbanos, o consumismo, a poluição e o homem dá-se agora conta que este é o maior de todos os desafios já enfrentados. E diminui o tempo útil para reverter o quadro. A Terra já superou em 30% sua capacidade de recuperação.

A TAREFAé urgente. A escola, os meios de comunicação, as Igrejas, os governantes, os empresários são convocados. Ninguém  pode ficar fora desta cruzada, porque afeta a todos. “Se um grão de areia cai no mar, a Europa fica menor” proclama John Danne. E conclui: “Não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.