DESASFIOS DO NOVO PAPA

25 de fevereiro de 2013 \\ O Bispo

O próximo papa terá que enfrentar alguns grandes desafios. Entre eles: a biogenética, a eutanásia, a dominação do capitalismo, a desigualdade econômica e social, o diálogo inter-religioso, questões relativas a globalização, como a miséria e a fome, que tanto sacrifica os pobres e excluídos do mercado. A esperança deles continua sendo a Igreja.

É NECESSÁRIO, também, priorizar a formação de sacerdotes, de ministérios leigos e uma maior valorização da mulher, sem esquecer o tema da presença pública da Igreja na sociedade, no mundo da cultura, no mundo universitário, nas questões relacionadas  à cidadania e à comunicação social. Os desafios, portanto, situam-se no interior da Igreja, na sua relação com as Igrejas cristãs e as demais religiões e, finalmente, com o mundo da moral, da política, da Ecologia...

PARA muitos o papa deveria ceder em pontos doutrinários, baratear a verdade, para conseguir alguns pontos no IBOPE ou aplausos do público. Para esses, o papa é muito tradicional, de alguma maneira quase estranho no mundo da cibernética, dos problemas familiares, da Internet. Deveria fazer concessões no campo da moral. Deveria apoiar o aborto, o divórcio, o homossexualismo.

O JORNALISTA Carlos Heitor Cony, que não é católico, afirmou: “há muitos anos, o papa vem sendo acusado de retrógrado, conservador e cabeça dura. Mesmo sem procuração para defendê-lo considero estas restrições como resultado da ignorância do que seja um papa. Ele não é animador de auditório que, depois de cada atração, pergunta ao público quem vai para o trono”.

QUANDO eleito, o papa se compromete a defender uma Verdade. Uma Verdade que não pode ser colocada periodicamente em leilão, para saber qual a mais mercadológica, a mais moderna. O papa tem que ter coragem de falar a verdade quer agrade quer desagrade. A Igreja tem que estar preocupada em agradar a Jesus e não à ideologia e a grupos. Nenhum papa vai fazer concessões contra a Bíblia. O papa é, acima de tudo, fiel a Deus.

O MUNDO reconhece a relevância da figura do papa. No funeral do papa João Paulo II, participaram mais de 100 Chefes de Estado. Na renúncia do papa Bento XVI, além de muitas manifestações de autoridades mundiais, os Meios de Comunicação Social, ocuparam consideráveis espaços. Com tal força moral, a Igreja Católica, tem responsabilidade e autoridade para posicionar-se diante dos grandes desafios que afligem a humanidade.

+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
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