DIREITOS DOS DOENTES

16 de fevereiro de 2012 \\ O Bispo

 No dia 11 de fevereiro vamos celebrar o Dia Mundial do Doente. A doença traz consigo, inevitavelmente, um momento de crise e de confronto com a própria situação pessoal. O progresso nas ciências oferece com freqüência os meios necessários para ir ao encontro deste desafio. Contudo a vida humana tem limites e, mais cedo ou mais tarde, termina com a morte. Trata-se de uma experiência à qual cada ser humano é chamado e deve estar preparado.

O DIA do Doente visa sensibilizar as instituições de saúde e toda a sociedade para necessidade de proporcionar boa assistência aos doentes; ajudar os doentes a lutar contra a doença e procurar com empenho a saúde; dar atenção a formação humana, espiritual e ética aos profissionais de saúde

AS ENFERMIDADES sempre foram consideradas como um grande  problema que aflige a humanidade. E não há no mundo criatura alguma, que não tenha algum sofrimento. O sofrimento é o pão nosso de cada dia. A enfermidade encarada à luz da fé deixa o cristão bem confortado, mesmo em meio aos maiores sofrimentos e tormentos. Mas, para quem não tem fé a enfermidade torna-se um tormento insuportável.

DOIS GRANDES desafios se apresentam no momento. O primeiro é a de prevenir as doenças. Muitas delas, quase desaparecidas de nosso país, já forçaram nova entrada e ocupam vastas extensões. Basta lembrar a hanseníase (lepra), a tuberculose, a malária, a dengue... A segunda medida, inadiável, é a de aproximar o remédio e os médicos para mais perto dos doentes e do povo.

O DOENTE tem muitos direitos e nem sempre são respeitados: o direito à vida, à saúde, e a um atendimento humano e respeitoso por parte dos profissionais de saúde; de receber explicações claras a respeito do seu diagnóstico e prognóstico; à liberdade religiosa e à assistência espiritual; a ser valorizado como pessoa humana; a não ser abandonado na hora da morte.

O SOFRIMENTO tem a grande missão de purificar, libertar, instruir e santificar. Ele coloca a criatura humana no seu justo lugar. Há pessoas que enquanto tem saúde e riqueza são orgulhosas, vaidosas, soberbas, arrogantes. Não se lembram de Deus. Não rezam. Não pensam na vida futura. Vivem unicamente para a vida presente. Aparece uma doença, a vida toma o seu justo sentido. No silêncio da enfermidade Deus fala ao coração. Há males que vem para o bem. Foi o próprio Jesus que disse: Alegrai-vos e exultai, pois o vosso sofrimento se transformará numa alegria sem fim.


+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
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