O PRIMEIRO PRESÉPIO

12 de dezembro de 2011 \\ O Bispo

Em muitas famílias, seguindo uma bela e consolidada tradição, começa-se a montar o presépio para reviver, juntamente com Maria, os dias cheios de emoção que precederam o nascimento de Jesus. Montar em casa o presépio pode ser um modo simples, mas eficaz, de apresentar a fé para transmiti-la aos filhos. Mas como surgiu esse costume?

O PRESÉPIO já tem uma história de mais de sete séculos. Foi durante a missa da noite de Natal de 1223, em Greccio, na Itália, que São Francisco de Assis decidiu representar o nascimento de Jesus, para que todos pudessem compreender melhor a mensagem do nascimento de Jesus.

CONTA-SE que São Francisco organizou tudo exatamente como aconteceu no dia em que Jesus nasceu. Numa gruta, ele armou a manjedoura com palha e feno, chamou algumas pessoas para representar Maria, José, os reis magos e os pastores, e ainda colocou um burro e um boi dentro da gruta. A missa foi celebrada por um sacerdote. Segundo conta a história muitas pessoas comparecerem ao local com velas acesas. Atualmente, em cada lugar, a montagem de presépios é adequada às expressões culturais e ao folclore dos respectivos povos.

NO BRASIL, em 1532, o padre José de Anchieta, ajudado pelos índios, já modelava em barro pequenas figuras representando o presépio, como propósito de inculcar nos indígenas a tradição de honrar o Menino Jesus no dia de Natal.
 
O PRESÉPIO é um elemento bastante significativo para o Natal dos cristãos. Ajuda a contemplar Jesus que se revelou na pobreza e na simplicidade da gruta de Belém. São Francisco de Assis ficou tão tocado pelo Natal que quis representá-lo em Greccio, num presépio vivo. Iniciou-se, assim, uma longa tradição popular que ainda hoje conserva seu valor para a evangelização, porque  o presépio pode ajudar-nos a compreender o segredo do  Natal: O nascimento de Jesus.

NATAL traz alegria e paz a quem, como os pastores de Belém, acolhe as palavras do anjo: “Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12). Continua sendo este o sinal também para nós, homens e mulheres do século XXI.

+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
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