Eu estava doente

14 de fevereiro de 2017 \\ O Bispo

Neste dia 11 de fevereiro celebramos o Dia Mundial do Enfermo. A celebração tem como objetivo

sensibilizar os países e, por conseguinte todas as instituições dedicadas ao atendimento de pessoas que

sofrem, seja pela doença ou por qualquer outra razão como: perseguição, calúnia, desemprego,

solidão, pobreza, injustiças, fome...

QUEM circula pelas portas de hospitais e ambulatórios poderá constatar as longas filas de espera. Já

de madrugada chegam os doentes, tentando assegurar o direito de serem atendidos. Não raro, o

número excessivo de pessoas obriga os médicos a exames rápidos. A situação fica muito mais

penosa por causa do preço dos remédios e das dificuldades para internação de pacientes.

O DOENTE tem direitos e nem sempre são respeitados: o direito à vida, à saúde, a um atendimento

humano e respeitoso por parte da família e dos profissionais de saúde; direito a receber explicações

claras a respeito de sua situação, diagnóstico e prognóstico; direito à assistência espiritual; direito

de ser valorizado como pessoas humanas e não ser abandonado.

DOIS GRANDES desafios se apresentam no momento. O primeiro é o de prevenir doenças. Muitas

delas, quase desaparecidas de nosso país, já forçaram nova entrada e ocupam vastas extensões.

Basta lembrar a hanseníase (lepra), a tuberculose, a malária, a dengue, a chikungunya, a zica, a

febre amarela. A segunda medida, inadiável, é a de aproximar os remédios e os médicos para mais

perto dos doentes. Muitos idosos doentes gastam toda a sua aposentadoria em medicamentos.

POR OCASIÃO do Dia Mundial do Enfermo louvo as iniciativas de médicos e sanitaristas

comprometidos em prevenir doenças, evitar a mortalidade infantil e prolongar a vida. Há, sem

dúvida, dedicação admirável de muitos médicos, enfermeiros e atendentes. É dever de justiça

reconhecer o esforço de hospitais, clínicas e centros de saúde em acolher enfermos e acidentados,

empenhando-se para que consigam a cura.

MERECEM reconhecimento especial os membros da Pastoral da saúde e todos homens e mulheres

que dedicam horas de seu dia aos doentes, em suas residências ou nos hospitais, de forma gratuita,

sem querer resolver problemas médicos, ou de saúde, mas como uma presença amiga no momento

da dor e do sofrimento. Repito as palavras de Jesus: “Eu estava doentes e cuidaram de mim”. (Mt.

25,36). Quando você visita um doente está visitando Jesus na pessoa do enfermo.