Bastidores & Política

Bastidores & Política

Azevedo Júnior

Interessante

12 de dezembro de 2018 \\ Bastidores & Política

Muito interessante e extremamente lúcida a entrevista com o ex-presidente FHC em páginas amarelas de Veja, o qual defende um "centro radical" na oposição ao governo Jair Bolsonaro. FHC diz na entrevista que os partidos que comandavam o poder no país PT, PSDB, PMDB - os três principais - e os agregados não entenderam até agora as mudanças ocorridas na sociedade brasileira daí a ascensão de Bolsonaro e a rejeição da esquerda tradicional, do liberalismo central e do fisiologismo emedebista. Cita, entre outras preciosidades, que petistas, tucanos e demais - socialistas, comunistas tradicionais, cristãos etc - se degladiam sem que o povo , principal protagonista de todo o processo, participe e integre esse debate estéril. "Os dois lados estão inventando fantasmas. Um vê fascismo, o outro acha que o comunismo está à porta. Há uma guerra de narrativas. E narrativas em que não entra o povo".

 

Crescimento

Em outubro de 2018, o Índice de Movimentação Econômica de Salvador (IMEC-SSA) cresceu 1,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. O resultado exibido neste indicador em relação a setembro foi determinado, principalmente, pelo mês eleitoral que contribuiu para o aumento do dinamismo da atividade econômica na capital baiana. Mesmo assim, o indicador continua crescendo muito abaixo. Seguindo a mesma trajetória, o indicador apontou expansão 1,6% quando comparado com o mês de outubro de 2017, acumulando no ano ampliação de 0,4%. Nos últimos 12 meses o índice marcou retração de 0,1%.

 

Governador Rui em outra correria

O governador Rui Costa (PT) deu um tempo no "Rui Correria" epíteto lançado por seu marketing político para ser o Rui defensor da Reforma da Previdência no sentido mais amplo da palavra. Desta feita, embora o PT e sua bancada federal, em Brasília, se posicionarem contra a reforma proposta pelo presidente Michel Temer, não aprovada, a corda apertou pro seu lado e o deficit que era de R$2 bilhões quando ele assumiu, em 2015, hoje atingiu R$4 bilhões. E, segundo o governador, em 2022, será de R$8 bilhões se nada for feito. É uma realidade que não atinge apenas o governo da Bahia, mas, de todos outros estados, Prefeituras e Câmaras e empresas públicas que têm previdência complementar.

 

Tá osso

O governador está sentindo na pele o que significa aposentar professores e policiais com 50 anos de idade, ou até um pouco menos, quando a idade média de vida no Brasil atingiu a marca de 73.5 anos e só tende a aumentar com a melhor qualidade de vida e os avanços da medicina.  O Planserv, hoje, salva vidas com as novas tecnologias da medicina em cirurgias do coração e outras que eram inimagináveis há 10 anos. Vai chegar um tempo (senão agora) que o Estado terá um contingente enorme de aposentados com 20/30 anos na folha. E aí não há milagre no caixa.

 

Economizar é preciso

O governo vai apertar o cinco o máximo que puder, restabelecer um teto salarial para não ser atingido pelo aumento absurdo de 16% aos ministros do STF com efeito cascata, e apelar para que Judiciário e Legislativo também façam sua parte. Estima-se que o rombo nesses dois últimos poderes, na Bahia, passe de R$300 milhões, em 2018.

 

Enviado à Casa

O Executivo enviou para a Assembleia um aumento de 12% para 14% a contribuição dos servidores ativos inativos e pensionistas, promete cortar centenas de comissionados, deve extinguir algumas empresas públicas e fazer o que o governador chama de "esforço gigantesco e medidas amargas para dar sobrevivência a aposentadoria" dos mais de 100 baianos, entre eles, 44 mil professores.