Interessante
Muito interessante e
extremamente lúcida a entrevista com o ex-presidente FHC em páginas amarelas de
Veja, o qual defende um "centro radical" na oposição ao governo Jair
Bolsonaro. FHC diz na entrevista que os partidos que comandavam o poder no país
PT, PSDB, PMDB - os três principais - e os agregados não entenderam até agora
as mudanças ocorridas na sociedade brasileira daí a ascensão de Bolsonaro e a
rejeição da esquerda tradicional, do liberalismo central e do fisiologismo
emedebista. Cita, entre outras preciosidades, que petistas, tucanos e demais -
socialistas, comunistas tradicionais, cristãos etc - se degladiam sem que o
povo , principal protagonista de todo o processo, participe e integre esse
debate estéril. "Os dois lados estão inventando fantasmas. Um vê fascismo,
o outro acha que o comunismo está à porta. Há uma guerra de narrativas. E
narrativas em que não entra o povo".
Crescimento
Em outubro de 2018, o
Índice de Movimentação Econômica de Salvador (IMEC-SSA) cresceu 1,2% frente ao
mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. O resultado
exibido neste indicador em relação a setembro foi determinado, principalmente,
pelo mês eleitoral que contribuiu para o aumento do dinamismo da atividade
econômica na capital baiana. Mesmo assim, o indicador continua crescendo muito
abaixo. Seguindo a mesma trajetória, o indicador apontou expansão 1,6% quando
comparado com o mês de outubro de 2017, acumulando no ano ampliação de 0,4%.
Nos últimos 12 meses o índice marcou retração de 0,1%.
Governador
Rui em outra correria
O governador Rui Costa
(PT) deu um tempo no "Rui Correria" epíteto lançado por seu marketing
político para ser o Rui defensor da Reforma da Previdência no sentido mais
amplo da palavra. Desta feita, embora o PT e sua bancada federal, em Brasília,
se posicionarem contra a reforma proposta pelo presidente Michel Temer, não
aprovada, a corda apertou pro seu lado e o deficit que era de R$2 bilhões quando
ele assumiu, em 2015, hoje atingiu R$4 bilhões. E, segundo o governador, em
2022, será de R$8 bilhões se nada for feito. É uma realidade que não
atinge apenas o governo da Bahia, mas, de todos outros estados, Prefeituras e
Câmaras e empresas públicas que têm previdência complementar.
Tá osso
O governador está
sentindo na pele o que significa aposentar professores e policiais com 50 anos
de idade, ou até um pouco menos, quando a idade média de vida no Brasil atingiu
a marca de 73.5 anos e só tende a aumentar com a melhor qualidade de vida e os
avanços da medicina. O Planserv, hoje, salva vidas com as novas
tecnologias da medicina em cirurgias do coração e outras que eram inimagináveis
há 10 anos. Vai chegar um tempo (senão agora) que o Estado terá um contingente
enorme de aposentados com 20/30 anos na folha. E aí não há milagre no caixa.
Economizar
é preciso
O governo vai apertar o
cinco o máximo que puder, restabelecer um teto salarial para não ser atingido
pelo aumento absurdo de 16% aos ministros do STF com efeito cascata, e apelar
para que Judiciário e Legislativo também façam sua parte. Estima-se que o rombo
nesses dois últimos poderes, na Bahia, passe de R$300 milhões, em 2018.
Enviado à
Casa
O Executivo enviou para
a Assembleia um aumento de 12% para 14% a contribuição dos servidores ativos
inativos e pensionistas, promete cortar centenas de comissionados, deve
extinguir algumas empresas públicas e fazer o que o governador chama de
"esforço gigantesco e medidas amargas para dar sobrevivência a aposentadoria"
dos mais de 100 baianos, entre eles, 44 mil professores.