• Na Lavagem do Bonfim, Sindipetro Bahia defende democracia e eleição de Lula

Na Lavagem do Bonfim, Sindipetro Bahia defende democracia e eleição de Lula

11 de janeiro de 2018 \\ Geral

A direção do Sindipetro Bahia convocou a categoria para vestir a camisa e participou da segunda maior festa popular da Bahia, a Lavagem do Bonfim, nesta quinta (11\01). A concentração foi no Elevador Lacerda, às 7h30, onde foi servida uma feijoada para diretores e trabalhadores enfrentarem o percurso.

Nos oito quilômetros até a Colina Sagrada, os diretores do Sindipetro Bahia estiveram ao lado dos trabalhadores, lideranças sindicais, movimentos sociais, centrais sindicais e representantes de partidos de esquerda, todos em um só bloco, o de fé na democracia, na luta contra o estado de exceção, manutenção de direitos e conquistas dos trabalhadores.

Para o coordenador geral do Sindipetro, Deyvid Bacelar, a direção do sindicato levou ao cortejo, que saiu da Igreja da Conceição da Praia até a Igreja do Bonfim, a mensagem de que “somos todos Lula, por justiça, direitos e democracia. Lula é inocente, nosso presidente. Eleição sem Lula é fraude!”.

Depois de uma longa caminhada, considerada importante e revigorante pelo diretor Radiovaldo Costa, “a gente constata a fé do povo baiano, que tanto prestigia e valoriza a Lavagem do Bonfim”. Ao chegar à Colina Sagrada, ele reafirmou os pedidos para 2018, ressaltando “ser importante ter essas graças alcançadas, não graças pessoais, mas graças coletivas, para que possamos retomar as ações positivas em defesa do povo baiano e brasileiro, principalmente dos trabalhadores”. Radiovaldo Costa afirmou que foi esse “o objetivo da nossa caminhada e com certeza 2018 será uma ano de muita luta e de vitórias, com a retomada da democracia”. 

Durante a lavagem das escadarias pelas tradicionais baianas com seus vasos de água de cheiro, na festa que reúne o profano e o sagrado, o diretor Jairo Batista ressaltou “que o ano de 2018 tem uma importância ainda maior, pela luta em defesa da democracia, pela defesa de que todos os cidadãos brasileiros sejam processados de forma justa e de acordo com a lei, e que o nosso melhor e eterno presidente tenha também esse direito”. 

Ainda segundo Jairo Batista, “estamos aqui em defesa de uma democracia para todos, que as leis sejam observadas por todos e este é o melhor momento, nas escadarias da Colina Sagrada da Igreja do Bonfim, para pedir que o Brasil tenha de novo uma democracia plena, onde todos possam ter acesso a tudo e as pessoas sejam julgadas de acordo com a lei, principalmente o presidente que mais fez pela população mais pobre e pelos trabalhadores”.

O diretor Jairo Batista disse também que o Sindipetro Bahia e os diversos movimentos sociais, especialmente o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), exigem que devolvam a nossa democracia e não impeçam que o povo tenha o direito de escolher o seu presidente, “porque o nosso presidente já está escolhido, que é o presidente Lula”. 

Para o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, “Bonfim 2018 é o momento de renovar as esperanças com a alegria típica do povo baiano. Temos que ter fé. Apesar dos golpistas do governo Temer tentar impor o retrocesso ao país e à classe trabalhadora, estamos no cortejo na esperança de que, com as eleições de 2018, a democracia voltará e o povo e os trabalhadores, que são a força motriz do Brasil, serão respeitados nas leis, incluídos nos novos projetos de organização do país, com mais oportunidades e conquista de mais direitos”.

Participaram também do cortejo ao Bonfim a presidente do PT Nacional, senadora Gleisi Hoffmann ( PT\PR), o presidente do PT da Bahia, Everaldo Anunciação e vários parlamentares.

ORIGEM DA LAVAGEM

A lavagem da Igreja teve início em 1773, quando os integrantes da "irmandade dos devotos leigos" obrigaram os escravos a lavarem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim. Posteriormente, para os adeptos do candomblé, a lavagem da igreja do Senhor do Bonfim passou a ser parte da cerimônia das Águas de Oxalá.

A Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias e o adro. Durante a tradicional lavagem, as portas da Igreja permanecem fechadas e as baianas despejam água de cheiro nos degraus e no adro, ao som de toques e cânticos de caráter afro-religioso (embora atualmente o ritual se revista de um perfil ecumênico), que ocorre na quinta-feira que antecede Festa do Bonfim e conta com grande participação do povo, que chega em carroças enfeitadas e as tradicionais baianas.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Geral.