CAMINHADA DO PERDÃO

28 de fevereiro de 2015 \\ O Bispo

Neste domingo – dia 01 - acontece, em Feira de Santana, a Caminhada do Perdão. Perdoar 
 
faz bem, resistir ao perdão faz mal para a saúde física e psicológica. Segundo estudiosos no 
 
assunto, o perdão é fator preponderante na prevenção e na cura de doenças. Assim, o perdão 
 
está ligado não só a uma paz e alegria espiritual, mas também, a um salutar equilíbrio humano. 
 
O POVO garante: “É falando que a gente se entende”. O diálogo é o melhor meio de entendimento. 
 
As vezes, é o único. Diálogo não significa gritar, nem pode ser uma conversa de surdos, onde todos 
 
falam e ninguém escuta. Dialogar é aproximar os corações e ouvir o que o outro quer dizer. Diálogo 
 
supõe a capacidade de pedir e dar o perdão. Não é possível passar um longo período da vida com 
 
ódio, sem adoecer. Mais ainda, a pessoa que odeia torna-se mais feia.
 
PERDOAR é zerar a culpa, é assinar um tratado de paz com o fato, por mais doloroso que ele tenha 
 
sido. Perdoar é varrer da memória o episódio que um dia nos machucou de forma tão cruel. E quando 
 
fazemos isso, recuperamos a paz e até mesmo a saúde. Um provérbio popular garante: “Se queres 
 
ser feliz por um momento, vinga-te; se queres ser feliz para sempre, perdoa”. O perdão é a atitude 
 
evangélica que possibilita ao irmão recomeçar. É a atitude do pai que abraça o filho ingrato, que 
 
estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado (Lc 15,32).
 
O EVANGELHO é um livro repleto de sabedoria divina e humana. Um número impressionante 
 
de vezes, ele fala sobre o perdão. Mais ainda: ele explica que a nossa própria salvação passa 
 
pela porta do perdão. No Pai-Nosso, nós apresentamos uma proposta a Deus, uma proposta com 
 
duas possibilidades: perdoai-nos assim como nós perdoamos. A alternativa fica evidente: se não 
 
perdoarmos, não seremos perdoados. É perdoando aos outros que nos habilitamos ao perdão divino.
 
NO ALTO da cruz, Jesus pediu ao Pai pelos seus algozes, porque não sabiam o que estavam fazendo 
 
(Lc 23,34). Discípulo fiel do Mestre, Francisco de Assis, quis ser instrumento da paz do Senhor e 
 
tinha como meta “onde há ódio que eu leve o amor”. Pode ser difícil, mas é o caminho. São João da 
 
Cruz deixou uma regra de ouro: “Onde há amor, plante amor e um dia nascerá o amor”.
 
A CAMINHADA do Perdão quer nos ajudar a refletir sobre essas importantes verdades e provocar 
 
em nós uma mudança de vida em relação a nós mesmos, nossa família, nossas atividades e com 
 
Deus. Se Deus, que é Deus, perdoa sempre, quem somos nós para não perdoar o irmão por mais 
 
grave que seja a ofensa? E perdoando recebemos em troca saúde, alegria, paz, felicidade e o céu.