Procedimentos estéticos

17 de agosto de 2018 \\ O Bispo

Nesta semana, os Procedimentos Estéticos foram, novamente, manchete nos meios de comunicação social. Alguma pessoas,  que se submeteram a esses procedimentos, faleceram e outras ficaram com seqüelas.  Por que certas pessoas querem mudar o formato do seu corpo? 

OS PROCEDIMENTOS Estéticos  são um dos ramos da medicina mais em evidência. Surgiram como necessidade, sobretudo, diante de mutilações causadas por guerras, acidentes e  queimaduras. Hoje, atuam, principalmente, no cultivo da vaidade humana e  o Brasil  é campeão mundial em Procedimentos Estéticos. No ano passado foram realizados mais de 1,4 milhão. 

ESSAS cifras indicam que a auto-imagem dos brasileiros não está boa. Estamos querendo disfarçar nossa identidade. Não queremos aceitar-nos como somos e imaginamos que o bisturi faça milagres. Ele muda nosso corpo, mas não muda nosso coração, não muda  aquilo que somos. Além disso, sabe-se que muitos desses procedimentos são inúteis e um percentual significativo deles não deu certo.

CADA pessoa precisa fazer uma declaração de auto-estima. No mundo inteiro, não há ninguém exatamente como eu. Sou único e dono de tudo o que me diz respeito. Sou dono do meu corpo, sou dono do meu coração, dos meus sentimentos, de minha voz, de minha língua e de minha história. Sou dono de minhas conquistas, mesmo que não sejam notadas pelos outros.

BELEZA física, saúde e simpatia são valores. Não os únicos. Um dia Brigitte Bardot disse: “A gente passa cinqüenta anos cuidando do corpo e, de repente, ele apodrece”. O que dá significado a uma vida é a capacidade de servir e de fazer felizes os outros. É a capacidade de continuar jovem, mesmo aos oitenta anos. É a capacidade de manter o entusiasmo e proclamar que vale a pena viver imitando Jesus Cristo que passou a sua vida fazendo o bem a todos.

A SABEDORIA do Evangelho nos garante: “A verdade vos fará livres” (Jo 8,39). Mais útil – e muito mais barata do que fazer uma plástica  – é a atitude de aceitar o que somos. Mesmo que nossa história não tenha sido das melhores, mesmo que nosso corpo apresente limitações, temos todas as condições de ser felizes. Nós somos o que somos e não aquilo que os outros dizem e pensam de nós.