ESCOLA PÚBLICA NO BRASIL: A TRISTE REALIDADE DE UM ENSINO DE PÉSSIMA QUALIDADE

13 de maio de 2014 \\ Carina Góes

É claro que a realidade das escolas públicas do Brasil não é das mais satisfatórias, principalmente no ensino fundamental, que seria a base para a boa formação no ensino médio. Essa semana ao ler a prova de um aluno da 8º série da rede pública me deparei com uma triste realidade do ensino público no país, na qual a falta de criatividade dos professores ao elaborar uma prova subestima a capacidade de inteligência do alunado.Mais triste ainda são as respostas destes alunos, que felizes da vida acham que estão sendo preparados para um futuro promissor.
 
Mas afinal, poderíamos chamar isso de falta de criatividade ou falta de interesse do professor ou do aluno?
 
Sabemos que uma série de fatores contribui para este problema, mas o que quero chamar atenção e socializar aqui com vocêssão algumas alternativas que contribuam para adequação de um ensino de qualidade, que convenhamos está bastante precário.
 
O Brasil, segundo pesquisas, possui a pior qualidade do ensino público tanto Ensino Fundamental quanto Ensino Médio do mundo, isto é, a educação está sofrendo decadência e nada tem sido feito nestes últimos anos. Nas escolas da rede pública, existem somente aqueles professores desanimados, mal pagos, com propostas de ensino de antigamente ou projetinhos básicos prontos que nem cabem em toda a aplicação prática tão diversificada.
 
E não adianta falar somente de ferramentas de aprendizagem. Hoje em dia a realidade é outra e gritante. Falta abertura para diversos profissionais de diversas áreas para repassarem técnicas, conhecimento e treinamento real, além da lastimável inadequação das escolas às suas necessidades, tanto humana e materialmente.
 
A escola pública brasileira precisa ser repensada e reorganizada pelo próprio bem do Brasil. O sistema atual simplesmente não funciona. Não prepara crianças e jovens para o mundo atual e menos ainda para o futuro próximo. Outra vertente importante para a melhoria são os pais de alunos ou seus responsáveis. Estes se limitam a matricular os filhos, muitos com o objetivo principal de transferirem à escola a deseducação apreendida nos lares. Nas reuniões, os professores falam e os pais dizem amém. Conveniência para ambos. Sem cobrança, nem o profissional nem o pai tem referência de nível de aprendizado para os filhos. Faltam parâmetros para todos e isso favorece ao preguiçoso e desinteressado de todos os lados. 
 
E quanto à criatividade, esta decorre, principalmente, do contexto sócio-cultural em que o professor atua. Isto é, conhecendo a realidade dos alunos, da escola, e da comunidade onde ela está situada, as ideias surgem em função do que é preciso ser feito, do que os alunos estão precisando, e do que é mais necessário em determinados momentos. 
 
A falta de criatividade também resulta da falta de ousadia e de iniciativa,aliada, a sensibilidade do professor em perceber, no dia-a-dia da sala de aula, e dos corredores, e arredores da escola, sobre o que os alunos conversam. Enfim, a criatividade nasce do envolvimento do educador-professor com as experiências que os alunos trazem de fora para dentro da escola, e dentro desta mesma.
 
Outra dica para os professores; É facil se sentir estimulado com aluno bom, mas a verdadeira estimulação deveria ser o resultado de um trabalho bem feito com aluno ruim, desmotivado, agressivo. Esse tipo de aluno é que deve ainda mais os motivar a continuar.
 
Só assim vocês poderão ver o que se plantam, nas atitudes de mudança daquele que parecia perdido. Essa é a verdadeira motivação e felicidade, a realização do dever cumprido. 
 
Pode até parecer meio utopia, mas apesar das dificuldades encontradas no campo educacional, o verdadeiro professor está sempre disposto a superar os limites e mostrar que ainda se pode sonhar com uma educação de qualidade no Brasil, porque ainda se tem muita gente engajada nessa batalha.